terça-feira, 8 de outubro de 2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL -Campus Realeza/Pr
Curso: Química- 3ª Fase
Disciplina: Introdução à Filosofia
Professor Me.
Acadêmicos:
Atividade de sala - Ficha de leitura – 3º semestre/2013 – Data 09/08/13
A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA

01- Evidencie os fatores que contribuíram para a mudança da imagem do universo e as consequências filosóficas destas mudanças.

R: Hoje é comumente apontado como o período da “ revolução científica”. Trata-se de um poderoso movimento de ideias que adquire no século XVII suas características determinantes na obra de Galileu, que encontra seus filósofos - em aspectos diferentes – nas ideias de Bacon e Descartes e que depois encontrará a sua expressão clássica na imagem newtoniana do universo concebido como máquina , ou seja, como um relógio.
Os exemplos mais evidentes de revoluções científicas são famosos episódios do desenvolvimento científico que já no passado foram frequentemente indicados como revoluções, reviravoltas fundamentais do desenvolvimento científico ligadas aos nomes de Copérnico, de Newton, Lavoisier e de Einstein. Esses episódios mostram em que consistem todas as revoluções científicas, mais claramente do que muitos outros episódios, ao menos quanto ao que se refere à história das ciências físicas.
Toda revolução tornou necessário o abandono por parte da comunidade de uma teoria científica uma vez honrada, em favor de outra incompatível com ela ; produziu, consequentemente, uma mudança dos problemas a propor à pesquisa científica e dos critérios segundo os quais a profissão estabelecia o que se deveria considerar como problema admissível ou como sua solução legítima . Quando os paradigmas mudam, o próprio mundo toma novas direções. Mas o fato ainda mais importante é que, durante as revoluções, os cientistas veem coisas novas e diversas também quando olham com os instrumentos tradicionais nas direções em que haviam olhado antes.
Elemento detonador desse processo de ideias foi certamente a “ revolução astronômica “, que teve seus representantes mais prestigiosos em Copérnico, Tycho Brahe, Kepler e Galileu, e que iria confluir para a “ física clássica “ de Newton. Nesse período portanto muda a imagem do mundo. Peça por peça, trabalhosa, mas progressivamente, caem por terra os pilares da cosmologia aristotélica-ptolemaica: assim, por exemplo, Copérnico coloca o sol no centro do mundo, ao invés da terra. Galileu mostra a falsidade da distinção entre física terrestre e física celeste, fazendo ver que a terra e, entre outras coisas, cria novos fundamentos com a formulação do princípio de inércia ;Newton, com sua teoria gravitacional, unificaria a física de Galileu com a de Kepler; com efeito, do ponto de vista da mecânica de Newton, pode-se dizer que as teorias de Galileu e de Kepler constituem boas aproximações a certos resultados particulares obtidos por Newton. Vinculada a essa transformação , está a mudança -que também foi lenta e tortuosa, mas decisiva- das ideias sobre o homem, sobre a ciência, sobre o homem de ciência, sobre o trabalho científico e as instituições científicas, sobre as relações entre ciência e sociedade, entre ciência e filosofia e entre saber científico e fé religiosa.


02- Segundo o autor em que consistiu a autonomia da ciência moderna em relação à fé e quais são seus pressupostos filosóficos ?

R: O traço mais característico desse fenômeno que é a ciência moderna resume-se precisamente no método, que, por um lado, exige imaginação e criatividade de hipóteses e, por outro lado, o controle público dessas imaginações. Com base no método experimental que se funda a autonomia da ciência :esta encontra suas verdades independentemente da filosofia e da fé. Mas tal independência não tarda a se transformar em confronto que, no “caso Galileu”, torna-se tragédia.
André Osiander apressou-se em escrever um prefácio sustentando que a teoria copernicana – contrária à cosmologia contida na Bíblia – não deve ser considerada como descrição verdadeira do mundo, mas muito mais como instrumento para fazer previsões.
E a Igreja católica processou duas vezes Galileu, que seria condenado e forçado à abjuração. Entre outras coisas, estamos diante de um confronto entre dois mundos , entre dois modos de ver a realidade, entre duas maneiras de conhecer a ciência e a verdade. Para Copérnico, Kepler e Galileu, e a nova teoria astronômica não é mera suposição matemática nem simples instrumento de cálculo, embora útil para melhorar a feitura do calendário, mas sim uma descrição verdadeira da realidade, obtida através de um método que não esmola garantias fora de si mesmo. O saber de Aristóteles é “pseudofilosofia” e a Escritura não tem a função de nos informar sobre o mundo, mas é palavra de salvação que apresenta um sentido para a vida dos homens.

03- Faça uma síntese do subtítulo “Magia e ciência moderna” (p. 145) estabelecendo relações (caso houver) entre elas.

R: A historiografia recente e mais atualizada destacou com abundância de dados a relevante presença da tradição mágica e hermética no interior do processo que levou à ciência moderna.
Naturalmente, houve aqueles que como Bacon ou Robert Boyle, criticaram a magia e a alquimia com toda a dureza possível, ou aqueles que, como Pierre Bayle, investiram contra as superstições da astrologia. Mas, em todos os casos, a magia, a alquimia e a astrologia são ingredientes ativos do processo que foi a tradição hermética, isto é, aquela tradição que, referindo-se a Hermes Trismegisto, tinha como princípios fundamentais o paralelismo entre o macrocosmo, a simpatia cósmica e a concepção do universo como um ser vivo.
A revolução científica avançou por um mar de ideias que nem sempre ou nem completamente mostraram-se funcionais ao desenvolvimento da ciência moderna. Assim, por exemplo, enquanto Copérnico se referia à autoridade de Hermes Trismegisto para legitimar seu heliocentrismo, já Bacon censura Paracelso não tanto por desertar a experiência, mas muito mais por tê-la traído, corrompendo as fontes da ciência e despojando a mente dos homens. E da mesma forma, os astrólogos reagiram violentamente ao “novo sistema do mundo”. Com as descobertas de Galileu, o mundo tornou-se maior, e a quantidade de corpos celestes fez-se muito mais numerosa, de modo imprevisto e de maneira considerável. Esse fato convulsionava os fundamentos da astrologia. E os astrólogos se rebelaram.
Na realidade, a progressiva afirmação da visão copernicana do mundo reduzirá sempre mais o espaço da astrologia. Mas ela teve de lutar também contra a astrologia. A ciência moderna, autônoma em relação à fé, pública nos controles, regulada por um método, corrigível em progresso, com uma linguagem específica e clara e com suas instituições típicas, foi resultado de um longo e tortuoso processo em que se entrelaçam a mística neoplatônica, a tradição hermética, a magia, a alquimia e a astrologia.
A revolução científica não foi marcha triunfal. E quando relacionamos e pesquisamos seus filões “ racionais” , não devemos deixar de atentar também para eventuais contrapartidas místicas, mágicas, herméticas e ocultistas desses filões.

04- A instituição da denominada revolução cientifica na modernidade, requereu a união entre ciência e técnica. Faça uma sistematização do texto (p. 146 à 149) apontando as principais causas dessa união, bem como, suas consequências.
R: A revolução cientifica cria o cientista experimental moderno
O resultado do processo cultural que passou a ser denominado “revolução científica “foi uma nova imagem do mundo que, entre outras coisas, propôs problemas religiosos e antropológicos não indiferentes. Ao mesmo tempo, representou a proposta de nova imagem da ciência; autônoma, pública, controlável e progressiva.
A revolução científica foi, precisamente, um processo: um processo que, para ser compreendido, deve ser dissecado em todos os seus componentes, inclusive a tradição hermética, a alquimia, a astrologia ou a magia, posteriormente abandonadas pela ciência moderna, mas que, bem ou mal, influíram sobre sua gênese ou, pelo menos, sobre seu desenvolvimento inicial. É preciso, contudo ir mais além já que outra característica fundamental da revolução cientifica é a formação de um saber – a ciência, precisamente – que, ao contrário do saber medieval, reúne teoria e prática, ciência e técnica, dando assim origem a um novo tipo de “douto” bem diferente do filósofo medieval, do humanista, do mago, do astrólogo, ou também do artesão ou do artista da Renascença.
Esse novo tipo de douto gerado pela revolução cientifica precisamente, não é mais o mago ou o astrólogo possuidor de um saber privado ou de iniciados, nem o professor universitário comentador e intérprete dos textos do passado, e sim o cientista fautor de nova forma de saber, público, controlável e progressivo, isto é, de uma forma de saber que, para ser validado,necessita do contínuo controle da práxis, da experiência. A revolução cientifica cria o cientista experimental moderno, cuja experiência é o experimento, tornado sempre mais rigoroso por novos instrumentos de medida, cada vez mais precisos. E o novo douto frequentemente opera fora das velhas instituições do saber, como as universidades.
A revolução cientifica: fusão da técnica com o saber

As artes mecânicas eram consideradas indignas de um homem livre. Mas, no processo da revolução cientifica, essa separação foi superada: a experiência do novo cientista é o experimento – e o experimento exige uma série de operações e medidas. Sustentou- se que a ciência moderna, o saber de caráter público, cooperativo e progressivo teria nascido primeiro com os artesãos superiores para depois influir na transformação das artes liberais.
Contra esta tese se disse que a ciência não foi feita pelos artesãos e pelos engenheiros, mas justamente pelos cientistas, Galileu ia ao arsenal e , como ele próprio diz o colóquio com os técnicos do arsenal “muitas vezes ajudou- me na investigação da razão de efeitos não apenas maravilhosos, mas também recônditos e quase imprevistos” . As técnicas, os achados e os processos presentes no arsenal ajudaram a reflexão teórica de Galileu. E propuseram novos problemas para ela: '' É verdade que, por vezes, até deixou- me confuso e desesperado de saber como penetrar e seguir aquilo que, longe de toda opinião minha, o sentido demonstra- me ser verdadeiro''.
Foram os oculistas que descobriram o fato de que duas lentes, dispostas de modo adequado, aproximam as coisas distantes, mas não foram os oculistas que descobriram por que as lentes funcionavam assim. E não foi nem mesmo Galileu. Para isso foi preciso Kepler : foi ele quem compreendeu as leis de funcionamento das lentes.
A reaproximação entre técnica e saber, entre artesão e intelectual, fenômeno típico da revolução cientifica. Pois bem, nós pensamos que essa aproximação, até mesmo a fusão da técnica com o saber, constituem a própria ciência moderna. Uma ciência que se baseia no experimento, por si mesma, exige as técnicas de comprovação, as operações manuais e instrumentais que servem para controlar uma teoria, sendo assim saber unido à tecnologia.
Quem criou a ciência? A resposta mais plausível parece-nos a de Koyré: foram os cientistas que criaram a ciência. Mas ela surgiu e se desenvolveu também porque encontrou toda uma base tecnológica, toda uma série de máquinas e instrumentos que constituíam quase que uma base natural de testes, oferecendo técnicas de comprovação e talvez até propondo novos, profundos e fecundos problemas. O técnico é aquele que sabe que e, amiúde, sabe também como. Mas é o cientista que sabe por que. Em nossos dias, um eletricista sabe muitas coisas sobre as aplicações da corrente elétrica e sabe como implantar um sistema, mas que eletricista conhece por que a corrente funciona do modo como funciona ou sabe alguma coisa sobre a natureza da luz?

A ciência moderna reúne teoria e prática

A ciência é obra dos cientistas. A ciência experimental convalida-se através dos experimentos. Estes se realizam mediante técnicas de teste resultantes de operações manuais e instrumentais com e sobre os objetos. A revolução científica é precisamente aquele processo histórico do qual decore a ciência experimental, vale dizer, uma nova forma de saber, nova e diferente do “saber” religioso, do “metafísico”, do “astrológico e mágico” e também do “técnico e artesanal”.
A ciência moderna, assim como se configurou ao fim da revolução científica, não é mais o saber das universidades, mas também não pode ser reduzida tampouco à prática dos artesãos. Trata-se precisamente de um novo saber que, reunindo teoria e prática, por um lado leva as teorias ao contato com a realidade e as torna públicas, controláveis, progressivas e fruto de colaboração, e, por outro lado, leva para dentro do saber e do conhecimento. O “cientista” não é mais o douto que sabe latim, que leu os livros antigos ou ensina em uma universidade. É muito mais aquele que pertence a uma sociedade científica ou a uma academia, as quais, junto com observatórios, laboratórios e museus, constituem as novas instituições do saber, fora e por vezes contra as Universidades.
E, no entanto, apesar dessas rupturas, não devemos nos esquecer dos elementos de continuidade que ligam a evolução científica ao passado. Trata-se do retorno a autores e textos que podiam contribuir para a nova perspectiva cultural: Euclides, Arquimedes, Vitrúvio, Heron e outros.
O reencontro do elo entre teoria e pratica está vinculada a outro fenômeno evidente criado pela revolução cientifica: estamos falando do fenômeno pelo qual o nascimento e a fundação da ciência moderna acompanham-se de súrbito crescimento da instrumentação .
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL – UFFS
CAMPUS REALEZA – PR
CURSO DE QUÍMICA – LICENCIATURA
QUÍMICA INORGÂNICA EXPERIMENTAL
PROF. DR. RAFAEL STIELER







RENDIMENTO DE UMA REAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO







ACADÊMICOS : UELINTON MENDES DA SILVA
DAVID VICTOR HUGO DE OLIVEIRA
CARLOS AUGUSTO MAFFEI









REALEZA – PR, SETEMBRO DE 2013
INTRODUÇÃO
Neste relatório, mostraremos o processo de rendimento de uma reação de precipitação, que nos proporcionamos a fazer em uma aula experimental de química inorgânica, ocorre uma reação de precipitação quando duas soluções de eletrólitos fortes são misturados e eles reagem para formar um sólido insolúvel. Um precipitado é uma substância que se separa de uma solução, formando uma fase sólida. Este fenômeno ocorre quando a solução contendo uma determinada substância se torna supersaturada, e o excesso não se dissolve e decanta. E o reagente limitante é o que determina o rendimento máximo do produto de uma reação.
O rendimento teórico de um produto é a quantidade máxima que pode ser esperada na base da estequiometria de uma equação química. E o rendimento percentual é a percentagem do rendimento teórico que foi realmente atingida.

OBJETIVOS
No laboratório um dos objetivos era a observação de uma reação de precipitação e realizar cálculos estequiométricos para calcular o rendimento de uma reação com os reagentes cloreto de bário e cromato de potássio.
Em uma reação de precipitação, forma-se um produto sólido insolúvel quando duas soluções eletrolíticas fortes são misturadas. Quando uma substância insolúvel forma-se em água, ela precipita imediatamente. Na equação química de uma reação de precipitação, usamos (aq) para indicar as substâncias que estão dissolvidas na água e (s) para indicar o sólido que precipitou:
K2CrO4(aq) + BaCl2 (aq) BaCrO4(s) +2KCl(aq)
As reações de precipitação tem muitas aplicações. Uma é a produção de compostos. A estratégia é escolher soluções de partida que forneçam, ao serem misturadas, um precipitado do composto insolúvel desejado. Pode-se, então, separar o composto insolúvel e mistura reacional por filtração. Outra aplicação é a análise química. Na análise qualitativa, a determinação das substâncias presentes em uma amostra, a formação de um precipitado é usada para confirmar a identidade de certos íons. Na análise quantitativa, o objetivo é determinar a quantidade de cada substância ou elemento presentes na amostra. Na análise gravimétrica, em particular, a quantidade de substância presente é determinada pela medida da massa. Nessa aplicação, um composto insolúvel precipita, o depósito é filtrado e pesado e a quantidade de uma das substâncias em uma das soluções originais é calculada. A análise gravimétrica é muito usada no monitoramento ambiental para encontrar a quantidade de chumbo ou mercúrio que existe em amostras de água.
O rendimento teórico de uma reação é a quantidade máxima (mols, massa ou volume) de produto que pode ser obtida a partir de uma determinada quantidade de reagente. As quantidades calculadas de produtos a partir de uma dada massa de reagente. O rendimento percentual é a fração do rendimento teórico que é realmente obtida, expresso em porcentagem:
Rendimento percentual= rendimento real x 100%
rendimento teórico


MATERIAIS E REAGENTES
  • 02 Vidros de relógio
  • 02 Provetas
  • 02 Béqueres
  • 03 Bastões de vidro
  • 01 Papel filtro
  • 01 Pisseta com etanol
  • 01 pisseta com água destilada
  • 01 Funil
  • 01 Suporte com anel de ferro
  • Estufa de secagem
  • Cromato de potássio
  • Cloreto de bário
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
No procedimento, foi pesado 0,802 g de cromato de potássio, em um vidro relógio e transferido para um béquer com 50 ml de água destilada medida em proveta , e mais 5 ml para lavar o vidro relógio e obter o que sobrou de produto, e com um bastão foi agitado até sua completa dissolução.
Novamente foi pesado em um vidro relógio, 0,6060 g de cloreto de bário, e foi transferido para um béquer com 25 ml de água destilada medida em proveta e mais 5 ml de água destilada para lavar o vidro relógio e obter o máximo do produto, e agitado com um bastão de vidro até sua completa dissolução.
Foram os mesmos misturados para formar uma solução, e colocados em resfriamento por volta de 10 minutos em um recipiente com cubos de gelo, até precipitar. Enquanto resfriava pesamos um papel filtro em uma balança analítica, o peso do papel filtro de 0,989.
Adaptamos um anel de ferro em um suporte, e colocamos o funil, após isso adaptamos o papel filtro ao funil, de forma que as bordas do papel filtro ficassem um pouco para fora do funil, para que não houvesse perda do produto, e embaixo do funil foi colocado outro béquer para recolher a solução já filtrada.
Com cuidado pegamos o béquer com a solução já precipitada, que estava no resfriamento, e com ajuda de um bastão de vidro filtramos o precipitado, no béquer ficou um pouco da solução, então foi lavado duas vezes com uma pisseta que continha etanol e também foi filtrado, após uns 10 minutos colocamos etanol na filtragem junto com o reagente em excesso (Cromato de potássio), para facilitar na evaporação, após completa a decantação retiramos do funil o papel filtro, e o transferimos para um vidro relógio para colocar em uma estufa de secagem à 150ºC.
Mas pelo fato de serem realizados vários experimentos, e a falta de sincronia entre os grupos para fazerem suas pesagens, a estufa variou de 100º C à 120ºC.
PESAGENS

  • 1ª Pesagem = 22 minutos à 118º C = 1,961 g
  • 2ª Pesagem = 30 minutos à 115º C = 1,718 g
  • 3ª Pesagem = 35 minutos à 105º C = 1,583 g
  • 4ª Pesagem = 45 minutos à 108º C = 1,522 g
  • 5ª Pesagem = 50 minutos à 105º C = 1,527 g

Após à evaporação da água destilada e do etanol, e a estabilização dos pesos, levamos o papel filtro com o reagente em excesso (Cromato de potássio), para pesar na balança analítica.
  • 1,527g - 0,989 do papel filtro = 0,538g de reagente em excesso

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
01)Escreva a equação química correspondente à reação observada. Indique o precipitado formado. Qual é seu nome ?
n = m = 0,802 = 0,00413 n = 4,13 m.mol-1
M 194,19g.mol-1
n = m = 0,606 = 0,00291 n = 2,91 m.mol-1
M 208,23g.mol-1

Rendimento percentual= rendimento real x 100%
rendimento teórico

x = 0,538g = 0,71733 x 100% = 71,733 % rendimento percentual
0,750g
K2CrO4(aq) + BaCl2 (aq) BaCrO4 (s) + 2KCl (aq)
2K+(aq) + Cr-2(aq) + Ba2+(aq) +2Cl- (aq) BaCrO4(s) + 2K+(aq) + 2Cl-(aq)
  • Precipitado formado foi Cromato de bário.

02)Qual a finalidade de se aquecer a solução de cromato de potássio?
Para aumentar a solubilidade.

03)Por que a filtração deve ser realizada com o máximo de cuidado?
Para que não haja perda do produto e contato com a pele.

04)Qual a finalidade de se lavar o precipitado obtido com água destilada?
Para conseguir o máximo do precipitado que restou no béquer

05)Calcule o rendimento teórico da reação. Calcule o rendimento prático. Compare o resultado prático com o calculado teoricamente. Calcule o rendimento percentual da reação.
Rendimento teórico
2,96mol n = m m = n.M
M m = 2,96 x 10-3 mol . 253,33 g. mol-1
m = 0,750g

Rendimento Prático
2,91 mol n = m m = n. M
M m = 2,91 x 10-3 . 253,33g . mol-1
m = 0,737 g
0,750 – 0,737 = 0,013 de perda de produto * falhas no procedimento

Rendimento percentual da reação
x = 0,538 = 0,7173 x 100% = 71,73 %
0,750

06)Discuta as causas dos desvios, que porventura forem encontrados, entre o resultado prático e o teórico.
Ocorreram falhas no experimento como perda do produto no manuseio da filtração e na transferência para os béqueres.

07)Numa queima de 30 gramas de grafite puro obteve-se dióxido de carbono com 90% de rendimento. Qual foi a massa de produto encontrada?
O = 16 1C(S) + 1O2 1CO2 (g)
C =12 30g ______ 100% x = 2700 = 27 g
x g ______ 90% 100
massa do produto encontrada foi 27g
CONCLUSÕES
Em suma, observamos que os resultados práticos se diferem dos resultados teóricos. Por isso analisamos que o manejo desse experimento deve ser feito com muito cuidado e atenção para não haver perdas significativas do produto, principalmente no processo de filtração,O rendimento de uma reação química está relacionado com vários fatores, tais como:Aparelhagem utilizada; Deficiência do operador; Impureza das substâncias entre outras. O cálculo estequiométrico é o cálculo das quantidades das substâncias envolvidas numa reação química, ou seja, aplicar as leis das combinações químicas às reações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente/ Peter Atkins, Loretta Jones; tradução Ricardo Bicca de Alencastro.- 3. ed.- Porto Alegre: Bookman, 2006. 968 p.:il. ;28 cm.



domingo, 17 de junho de 2012

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS- CICLO DO ENXOFRE

UM MINEIRO EXTRAI ENXOFRE DE UMA CRATERA VULCÂNICA EM KAWAH NA INDONÉSIA.

ALGUNS VÍDEOS SOBRE CICLO DO ENXOFRE:


Ciclos Biogeoquímicos 


Ciclo do enxofre


História do Enxofre


Substância que evoluiu do amarelo místico dos Alquimistas até uma das mais úteis substâncias da civilização moderna. Foi queimado nos ritos pagãos antigos, para espantar os maus espíritos, e já naquela época seus fumos eram usados como alvejantes para tecidos e palha. Durante muitos anos uma companhia francesa manteve o monopólio do enxofre graças ao controle de suprimentos mundiais provenientes da Sicília.Em parte por isso, em parte pela abundância da pirita, o enxofre elementar foi pouco usado nos Estados Unidos antes de 1914. Embora o enxofre tenha sido descoberto na região do Golfo do México, em 1869, seu aproveitamento era difícil, pois os depósitos estavam abaixo de camadas de areia movediças. Antes de 1914, a maior parte do ácido sulfúrico produzido nos Estados Unidos provinha da pirita, doméstica ou importada, e do dióxido de enxofre, que aparecia como subproduto da metalurgia do cobre e do zinco.
Na biologia, ciclo do enxofre é o processo pelo qual o enxofre é transformado pelos seres vivos como animais e plantas e outros processos químicos.    Em muitos aspectos o ciclo do enxofre assemelha-se ao ciclo do nitrogênio, exceptuando a significativa inserção desse elemento proveniente da litosfera através da atividade vulcânica e a ausência do processo biológico de fixação do enxofre da atmosfera à terra ou água.À temperatura ambiente, o enxofre encontra-se no estado sólido.É um não-metal insípido e inodoro, facilmente reconhecido na forma de cristais amarelos que ocorrem em diversos minerais de sulfito e sulfato, ou mesmo em sua forma pura (especialmente em regiões vulcânicas). O enxofre é um elemento químico essencial para todos os organismos vivos, sendo constituinte importante de muitos aminoácidos. É utilizado em fertilizantes, além de ser constituinte da pólvora, de medicamentos laxantes, de palitos de fósforos e de inseticidas.
                                  
Ciclo do Enxofre



As proteínas dependem basicamente do enxofre. O enxofre é encontrado no solo em combinações de sais de sulfato, sulfetos e minério. Nas proximidades de vulcões o enxofre é encontrado na sua forma original, razão pela qual há muitas unidades de exploração nestas regiões. O ciclo do enxofre compreende 6 etapas básicas:


a) As plantas absorvem compostos contendo enxofre além dos sulfatos;
b) Na produção de aminoácidos das plantas o hidrogênio substitui o oxigênio na composição dos sulfatos;
c) Os seres vivos se alimentam das plantas;
d) microorganismos decompõe os aminoácidos que contêm enxofre nos restos de animais e plantas, criando sulfeto de hidrogênio;
e) o enxofre é extraído do sulfeto por bactérias e microorganismos;
f) sulfatos são produzidos pela ação de microorganismos na combinação do enxofre com o oxigênio.


Descrição do ciclo do enxofre

O enxofre é um importante constituinte de alguns aminoácidos, como a cisteína, e portanto, não pode faltar para perfeita produção de proteínas. Em muitos seres vivos, moléculas com átomos desse elemento, atuam como cofator ("estimulador") de reações químicas promovidas por enzimas. Apresenta um ciclo com dois reservatórios: um maior, nos sedimentos da crosta terrestre e outro, menor, na atmosfera.            Nos sedimentos, o enxofre permanece armazenado na forma de minerais de sulfato. Com a erosão, fica dissolvido na água do solo e assume a forma iônica de sulfato (SO4--); sendo assim, facilmente absorvido pelas raízes dos vegetais.Na atmosfera, o enxofre existe combinado com o oxigênio formando, cerca de 75% dele, o SO2 (dióxido de enxofre). Outra parcela está na forma de anidrido sulfídrico (SO3). O gás sulfídrico (H2S) - característico pelo seu cheiro de "ovo podre"- tem vida curta na atmosfera, apenas de algumas horas, sendo logo transformado em SO2.Esses óxidos de enxofre (SO2 e SO3) incorporam-se ao solo com as chuvas, sendo então transformado em íons de sulfato (SO4--). Podem, também, ser capturados diretamente pelas folhas das plantas, num processo chamado de adsorção, para serem usados na fabricação de aminoácidos. O único retorno natural do enxofre para a atmosfera é através da ação de decompositores que produzem o gás sulfídrico. As sulfobactérias realizam o processo inverso, com uma forma de obtenção de energia para a quimiossíntese.


A contribuição das atividades vulcânicas para o acúmulo de enxofre na atmosfera é pouco significativa. Maior tem sido a introdução artificial e humana, por meio da atividade industrial.

A queima de combustíveis fósseis que possuem enxofre em sua composição (3% no carvão e 0,05% no petróleo), produz SO2 e SO3, aumentando sua concentração na atmosferas das grandes cidades. Essa fonte é responsável por 80% da poluição por enxofre. Ambos são, nessas condições, fortemente irritantes para os olhos e pulmões; além de contribuir para a formação do smog - mistura de fumaça (smoke, no inglês) com neblina (fog) -, altamente tóxico, que surge durante as inversões térmicas.
Importância para os seres vivos


A importância do enxofre em nossa nutrição e constituição de nosso organismo não é muito conhecida pela população em geral, mesmo assim, o enxofre está presente em todas as células do nosso organismo, principalmente na pela, unhas e cabelos, representando cerca de 0,25% de nosso peso.Presente em nosso corpo nas moléculas protéicas bem como em íons de sulfeto e sulfato, o enxofre é conhecido por participar:

         Auxilia no combate aos micróbios e parasitas.
         Possui função plástica, isto é, participando da reparação e construção de tecidos e células;
         Participa do colágeno, substância importante principalmente para a formação e manutenção da pele, tecido conjuntivo e ossos;
         Participa do metabolismo de gorduras e carboidratos;
         Da formação do coágulo sangüíneo;
         Da formação de algumas vitaminas;
         Da formação de proteínas.
         No processo de transferência de energia. 

Sintomas / Conseqüências da Deficiência



• Ardor na garganta e no abdômen;
• Astenia (sensação de debilidade física e psíquica generalizada);
• Depressão nervosa, neurite, histerismo e outros problemas de natureza nervosa;
• Intumescimento do fígado, baço e útero;
• Redução do brilho e textura da pele;
• Dores nas articulações;
• Mau odor na saliva.

Alimentos Ricos em Enxofre

arros, abacate, pepino, couve-flor, amêndoas, lentilhas, feijão, cebola, hortaliças,
legumes, leites e derivados, carnes.


Chuva Ácida 

 PROBLEMAS AMBIENTAIS RELACIONADOS


A chuva ácida é caracterizada por ter um pH ácido (abaixo de 4,5) e produz-se quando o Enxofre (S), proveniente da queima dos combustíveis fósseis e o Azoto (N) presente no ar se combinam com o Oxigênio (O2), formando assim o Dióxido de Enxofre (SO2) e Dióxido de Azoto (NO2).




Ao queimar combustíveis fósseis para acionar as usinas, fábricas e veículos, é lançado enxofre no ar. Esse enxofre sobe para a atmosfera na forma de gás chamado “dióxido de enxofre”, um grande poluente do ar. Quando o dióxido de enxofre se junta à umidade da atmosfera, forma o ácido sulfúrico, um dos principais componentes das chuvas ácidas. O dióxido de enxofre é produzido também nos pântanos e vulcões, mas em quantidades que o meio ambiente consegue assimilar. Atualmente existem enormes quantidades de fontes poluidoras, tornando as chuvas mais carregadas de ácido, dificultando ao meio ambiente anular seus efeitos. A chuva causa danos às folhas de espécies vegetais comprometendo a produção agrícola. Torna-se mais grave próxima às grandes concentrações industriais, atinge as florestas, os peixes e corroem edificações de pedra e concreto, inclusive metais expostos ao tempo que enferrujam mais rápido, como as pontes e edificações de aço.





Quando caem em forma de chuva ou neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções históricas, animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares, por exemplo.